Microtia é uma deformidade congênita na qual a orelha externa se apresenta parcialmente subdesenvolvida. Quando o pavilhão auricular é totalmente subdesenvolvido ou ausente denomina-se anotia. A microtia pode ser unilateral ou bilateral. Na microtia unilateral, a orelha direita é a mais comumente afetada.
O tratamento reparador é cirúrgico e em algumas ocasiões há necessidade de associação de cirurgiões plásticos com a otorrinolaringologia para a avaliação mais profunda do ouvido interno e possibilidade de ação cirúrgica conjunta.
Cirurgia Plástica:
- O especialista tem que ter amplo domínio das técnicas de reparação com o bom manuseio de retalhos e enxertos.
- No caso há necessidade de esculpir um esqueleto cartilaginoso para a orelha, o qual é obtido a partir de tecido do próprio paciente; ou seja, do plastrão cartilaginoso de suas costelas na área esternal.
- Um molde em acetado é feito antes da cirurgia, a partir da orelha contralateral e depois de esterilizado servirá como modelo para medições e definição do esqueleto cartilaginoso auricular.
- Conclui-se com o aproveitamento dos resquícios de orelha externa da microtia ou anotia para a criação do lóbulo e do trago e o aproveitamento de retalhos locais que envolverão o esqueleto confeccionado e implantado como enxerto sob a pele.
- Esta é só a primeira fase de reconstrução total da orelha, havendo a necessidade de outras sequências de procedimentos cirúrgicos restauradores para levantamento e liberação da nova orelha e posteriores procedimentos de refinamento estético.
- A cirurgia plástica reparadora é a base da nossa especialidade e é importantíssimo o domínio de suas técnicas, o conhecimento de sua filosofia, da anatomia, histologia, vascularização e inúmeros detalhes de aprendizado; pois assim, perdas de substância do corpo motivadas por tumorações, patologias congênitas, traumas poderão ter uma chance de restauração.
BATE PRONTO
Anestesia: Geral.
Internação: 24 a 48 horas de internação hospitalar.
Limitações: exercícios físicos, exposição ao sol, natação, capacete de moto por um período de 2 a 3 meses. Usar faixa (bailarina ou tenista) por 4 a 6 semanas, até que se complete pós-operatório com uma boa cicatrização.
Limitação: evitar exposição solar e exercícios físicos, serviços domésticos como faxina por 2 meses e dirigir automóvel, cozinhar a partir da 30 dias.
Obs.: As manchas de equimoses e o inchaço são comuns e a exposição social em público deve ser levada em consideração.
Usar roupas de fácil vestir
Importante: respeite o repouso e obedeça as orientações médicas para o sucesso da sua cirurgia.
Intercorrências/Complicações: hemorragia, hematoma, seroma, deiscência de sutura, infecção, encoche, necrose, alargamento de cicatriz, absorção do enxerto.
Cigarro/Bebida alcoólica: devem ser evitados, pois comprometem a cicatrização, a recuperação e alteram o efeito da medicação.